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Notícias SBN

Meta Neurocirurgião e Inteligência Artificial

O Meta Neurocirurgião coopera com máquinas inteligentes


As ferramentas de Inteligência Artificial (IA) estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Inúmeros algoritmos estão sendo desenvolvidos para uso em diversas áreas da assistência à saúde com base no aprendizado de máquina (machine learning), que engole resistências, ultrapassa fronteiras e derruba crenças para chegar a um dos núcleos da medicina deste século: engajamento médico-paciente-máquina.


Neste sentido, a IA e seus componentes têm se mostrado de grande utilidade para auxiliar os participantes dos sistemas de saúde em todo o mundo a se manterem atuando de forma eficiente. Mas, o que é a Inteligência Artificial? Como ela funciona?


Inteligência Artificial (IA) versus Inteligência Natural (IN)


A Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência, cujo propósito é estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma (por exemplo, raciocínio, percepção de ambiente e habilidade de análise para a tomada de decisão) através do agrupamento de várias tecnologias, como redes neurais artificiais, algoritmos e sistemas de aprendizado. De certa forma, a IA visa reproduzir a inteligência e o comportamento humano.


Um dos obstáculos que os médicos convencionais encontram para se familiarizar com a IA é a dificuldade de entender os diferentes termos usados e suas utilidades. A forma que eu encontrei de superar esta dificuldade foi comparar a IA com a nossa IN.


Para o desenvolvimento de nossa IN, precisamos construir padrões e extrair  informações e dados do ambiente. Esta função é feita pelos nossos órgãos sensoriais. A ciência de dados é um instrumento de IA que combina vários campos (estatísticas, robótica, métodos científicos e análise de dados) para capturar dados e informações e extrair valor deles. Estas informações são coletadas da Web, de smartphones, de clientes, sensores, áudios e outras fontes para obter insights acionáveis (informações úteis para a tomada de decisão). Estas fontes de informação e dados funcionam como órgãos dos sentidos para a IA. 


Uma vez captados os dados, a ciência de dados realiza a limpeza, agregação e manipulação deles, preparando-os para análises avançadas. Seu objetivo é descobrir padrões e permitir a tomada de decisões com base nesses padrões (decisões informadas).


O nosso aprendizado natural ocorre pela formação de redes neurais naturais. O aprendizado de máquina é outro componente da IA e consiste nas técnicas que permitem aos computadores descobrirem padrões e coisas a partir dos dados e fornecer aplicações da IA. As técnicas usadas para o aprendizado de máquina são os algoritmos usados para a criação de redes neurais artificiais.


Quando uma rede neural se torna capaz de processar novos dados e também de se modelar, ela pode resolver problemas mais complexos, gerando soluções muitas vezes inesperadas. O aprendizado profundo (deep learning) consiste na formação de redes neurais artificiais baseadas em algoritmos modelados, capazes de processar novos dados dando à IA a capacidade de resolver problemas complexos.


Uma comparação simples, porém útil, entre IA e IN é mostrada na tabela abaixo.




IN

IA

Resultado final

Inteligência e comportamento humano natural

Inteligência e comportamento humano imitado por um computador

Dados

Informações relevantes extraídas dos sentidos (olfato, visão, audição, gustação, tato, temperatura)

Informações relevantes extraídas da Web, de smartphones, clientes, plataformas, imagens, áudios, sensores e outras fontes

(Ciência de Dados)

Objetivo

Descobrir padrões e soluções úteis a partir dos dados obtidos

Descobrir padrões e soluções úteis a partir dos dados obtidos

(Machine learning)

Evolução

Criação de redes neurais naturais capazes de processar novos dados e resolver problemas complexos

Criação de redes neurais artificiais (algoritmos modelados) capazes de processar novos dados e resolver problemas complexos

(Deep learning)

Meta Neurocirurgião: Um ser digital

Robôs artificialmente inteligentes poderão ser o nosso segundo médico, ou o primeiro, ou mesmo poderão dar suporte aos que buscam a perenidade. Depende do quanto a medicina esteja disposta a co-participar da função clínica com as máquinas robóticas ou com as instâncias de aprendizado por meio de algoritmos. 


O Meta Neurocirurgião entende que as experiências fundamentais se modificam a cada transformação social. Quando estamos cercados de tecnologia, conectividade e dispositivos, nossa vida passa a ser digital (física + digital + social). Neste sentido, o que esperamos dos médicos? Por que eles continuarão a ser úteis? Se máquinas levam o ser humano a passear no espaço sideral; aplicativos nos ajudam a estudar e personalizar cada vez mais; smartphones ampliam nosso diálogo com qualquer ser em qualquer localização terrestre; máquinas automotivas prescindem de motoristas; por que médicos não podem ser auxiliados por plataformas inteligentes que reduzam o risco das decisões e aumentem a confiança neles? Uma criança nascida na segunda metade deste século pode nunca chegar a ver um médico em sua vida. Mas o verá, se este co-participar seu atendimento com autômatos inteligentes de suporte à decisão clínica.


O Meta Neurocirurgião incorpora cada vez mais e mais as potenciais tecnologias que lhe darão razão de ser. Robôs de cooperação profissional são máquinas versáteis, movidas por IA, “educadas” por deep learning, codificadas por linguagem natural e neural de máquina e conectadas às boas práticas que os humanos escolherem como as melhores. Nenhum robô vai substituir o médico convencional, mas vai substituir a função médica de tomar decisões solitárias, isoladas e, muitas vezes, erradas. 


A capacidade médica de ter compaixão pela dor alheia, o estímulo espiritual, a empatia e o senso cognitivo de entender o paciente e não só a sua doença, jamais serão superados por máquinas. Mas até meados deste século elas farão todo o resto: diagnosticar, gerenciar as patologias, prescrever e controlar terapias e auxiliar as demandas da prática de autocuidado. O Meta Neurocirurgião não rejeita a robótica-médica; ele a utiliza em seu favor e em favor de seus pacientes. 


Certamente que não há unanimidade na presença da robótica na civilização humana ou na medicina. Há aqueles que acreditam que esta presença resultará em desumanização da medicina, como o filósofo francês Jean-Michel Besnier, professor da Universidade Sorbonne (Paris). Outros, como o professor de sociologia Antonio A. Casilli, professor de sociologia no Polytechnic Institute of Paris, pesquisador na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales e autor de várias obras, acreditam que a humanidade finalmente conseguirá se livrar do trabalho graças aos robôs.


Eu, particularmente, como neurocirurgião atuante, vejo a presença crescente da tecnologia na medicina com "bons olhos". Isto porque a medicina romantizada já está, de certa forma, desumanizada. Ela só tem sido vantajosa para o Sistema. Não tem sido vantajosa para os médicos, muito menos para grande parte dos pacientes. Não há como um médico convencional que trabalha de 60-82 horas semanais, em quatro a cinco empregos, em condições inadequadas e ganhando cada vez menos, ter o grau de humanidade que o Sistema, hipocritamente, espera dele. Considero uma grande injustiça colocar o ônus da humanidade na medicina "nas costas" dos médicos.


Não há consenso no curto prazo, principalmente na comunidade médica. Mas há uma transição em curso, onde máquinas robóticas e médicos humanos já cooperam e co-participam cada vez mais nos cuidados aos pacientes. Se você perguntar a um pai, com filho menor de 12 anos, quando ele “deixará de ser pai”, a resposta será definitiva: nunca. Mas no contexto da “responsabilidade paterna”, centrada em cuidar, se responsabilizar, sustentar, educar e iluminar um filho, a mesma pergunta feita quando o filho tiver mais de 30 anos, devido ao seu grau de independência, terá outra resposta. 


A pós-modernidade tende a transformar pais em “candelabros”, com filhos orgulhosos, afetivos, fazendo questão de colocá-los na mesa de jantar, mas sabendo que, como candelabros, são lindos e majestosos, mas não “geram mais tanta luz”. O dilema do médico com a robótica clínica pode seguir na direção contrária: aqueles que trabalharem em conjunto com as máquinas inteligentes nunca serão substituídos, nunca perderão a luz, nunca deixarão de iluminar os pacientes. Os demais, respeitosamente, ornarão a mesa da sala de jantar, como candelabros.


O médico e a medicina têm sido tão degradados pelo Sistema que serão necessários poderes especiais para reverter este quadro. O desenvolvimento de novas tecnologias e a cooperação com elas conferem ao Meta Neurocirurgião uma fonte de poderes para ajudá-lo a transcender o Sistema. O Meta Neurocirurgião é um ser digital.


Dr. Francinaldo Lobato Gomes

Dr. Francinaldo Lobato Gomes Dr. é Meta Neurocirurgião especialista em Neuromodulação, Epilepsia e Cannabis Medicinal. É educador financeiro. Coordenador da Escola de lideranças da SBN. É apaixonado por finanças e investimentos. Autor de 5 livros, entre eles "Enriquecer faz bem à Saúde".


Chegou a independência financeira aos 42 anos, fruto da multiplicação do dinheiro ganho com a medicina por meio da estratégia de investimento "enriquecer faz bem à saúde".


Sua especialidade é ensinar como transcender o Sistema e ter sucesso na carreira. Seu objetivo é ajudar médicos a enriquecerem com saúde, ter mais tempo livre e liberdade para fazerem o que amam, trabalhando por gosto e não por necessidade.

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