Confira mais sobre este importante estudo que pode ser uma esperança na vida de muitas pessoas
Um renomado grupo de estudo internacional publicou um artigo sobre a estimulação elétrica epidural (EES) direcionada às raízes dorsais dos segmentos lombossacrais, afirmando que o procedimento restaura a marcha (caminhar) em pessoas com lesão medular. Porém, a estimulação elétrica epidural é fornecida com eletrodos de pás multieletrodos que foram originalmente projetados para atingir a coluna dorsal da medula espinhal.
Os cientistas criaram uma hipótese que um arranjo de eletrodos direcionados ao conjunto de raízes dorsais envolvidas nos movimentos de pernas e tronco resultaria em maior eficácia, restaurando novamente atividades motoras diversas após lesão medular grave.
Os pesquisadores resolveram testar a hipótese e, para isso, foi estabelecida uma estrutura computacional que informava o arranjo ideal dos eletrodos em um novo eletrodo de pá e orientava seu posicionamento neurocirúrgico. Os resultados foram publicados recentemente pela renomada revista científica Nature Medicine.
Os testes incluíram três indivíduos com paralisia sensitivo-motora como parte de um ensaio clínico. Os programas de estimulação específicos da atividade permitiram que essas pessoas ficassem de pé, andassem, nadassem e realizassem diferentes atividades controlando os movimentos do tronco.
O procedimento mediou melhorias suficientes para restaurar essas atividades em ambientes comunitários, abrindo caminho para apoiar a mobilidade cotidiana com estimulação elétrica epidural (EES) em pessoas com lesão medular.
Ao comentar o artigo, a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, diz que os estudos incluindo a neuromodulação são sempre bem-vindos e são uma fonte de conhecimento ainda a ser explorado. "A notícia pode trazer esperança para pacientes que convivem com problemas nas funções motoras e sensitivas após uma lesão medular, uma vez que a otimização dos benefícios do uso da neuromodulação pode trazer uma melhora para a marcha dos pacientes, ajudando assim a terem mais qualidade de vida”, comenta a especialista.
O artigo científico completo pode ser acessado clicando aqui.
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