As batidas na cabeça, sejam elas causadas por acidentes domésticos, esportes ou demais colisões, podem parecer inofensivas, mas seus impactos a curto e longo prazo podem ser devastadores, resultando até mesmo em morte. O trauma cranioencefálico (TCE), termo médico para designar ferimentos no crânio ou no cérebro, é uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo, especialmente em idosos.
Causas e tipos de traumatismos
Segundo a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), as batidas na cabeça podem variar em gravidade e serem classificadas como leves, moderadas ou graves. “Entre as causas mais comuns estão quedas dentro de casa, acidentes de trânsito, práticas esportivas de alto impacto e agressões físicas. O efeito de um impacto depende da força aplicada e da área atingida, podendo causar desde uma concussão, caracterizada por sintomas temporários como tontura e náuseas, até lesões mais sérias, como hemorragia cerebral e fraturas no crânio", relata a especialista.
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa é que 40% dos idosos com 80 anos ou mais, sofrem quedas todos os anos, o que pode acarretar em graves consequências na qualidade de vida das pessoas.
Riscos e consequências
Um dos maiores perigos das batidas na cabeça é o potencial para complicações silenciosas, como hematomas intracranianos, que podem ou não apresentar sintomas imediatos. “Esses traumas, muitas vezes, estão associados a condições neurodegenerativas como a encefalopatia traumática crônica (ETC), que afetou o ex-pugilista brasileiro, Maguila, e que pode levar a problemas graves de memória e mudanças de humor", comenta.
A prevenção é o melhor remédio
Adotar medidas preventivas em casa, como usar tapetes antiderrapantes, utilizar equipamentos de proteção, em atividades de risco, e praticar esportes de maneira segura podem evitar muitos acidentes. “Em caso de batida na cabeça, é essencial observar sinais de alerta, como perda de consciência, vômitos ou confusão mental, e procurar atendimento médico imediatamente”, finaliza a especialista.
A saúde do cérebro é vital e proteger a cabeça é uma responsabilidade que todos devemos assumir.
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